Bodas de diamante
A Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos completou 75 anos.
Constitui, de certa maneira, um reservatório de técnica, em geral, e de inteligência urbanística, em particular, super-importante para a cidade e para a região.
Na comemoração dos três quartos de século, a diretoria atual, capitaneada pelo engº Marcos Teixeira, o Piu, prestou homenagem aos ex-presidentes. Muitos, ainda vivos. Outros, representados por parentes.
Tem lógica.
Uma entidade desse tipo cresce e se valoriza a partir do trabalho de dirigentes que se dedicam a ela geração depois de geração. E o presidente de cada diretoria simboliza o grupo de pessoas que foi moldando vigas, pilares e lajes dessa estrutura.
Num determinado momento da cerimônia, o ex-presidente Antônio Carlos Silva Gonçalves, o Fifi, traduziu com muita propriedade, o espírito dessa continuidade. Ele contou que quando se candidatou à presidência da AEAS, em 1993, foi sabatinado por alguns ex-dirigentes – entre eles o lendário arquiteto Aníbal Martins Clemente – para uma avaliação do potencial de gestão que ele trazia na bagagem.
Esse grupo de ex-presidentes funcionava mais ou menos como o conselho de anciões de algumas civilizações antigas que valorizavam o conhecimento e a experiência dos mais antigos.
Um momento especial da solenidade foi protagonizado por Sylvia Passarelli, que foi receber a homenagem como representante do pai, Sílvio Passarelli, que presidiu a Associação de 1941 a 1943, quando a entidade ainda engatinhava.
Ela contou a história da compra do terreno onde está construída a sede. O lote ia da praia até a Rua Governador Pedro de Toledo. Dividido em três partes, duas foram vendidas e a da Associação saiu gratuita.
75 anos depois da fundação, a AEAS tem participações importantes em questões recentes da cidade e da região como as audiências públicas em que foram discutidos os prédios tortos da orla de Santos e a ponte que o governo estadual ameaçava construir entre Santos e Guarujá.
Talvez esteja na hora da AEAS meter a colher – de pedreiro – em outras questões como a entrada de Santos, o trevo de Cubatão e a verticalização.
Fica a sugestão…