Contêineres de lixo
Santos adotou a colocação de contêineres para recolhimento do lixo. A medida divide opiniões.
Quem aprova, argumenta com a vantagem em relação ao hábito anterior. A grande maioria colocava simplesmente o lixo na rua embalado em sacos plásticos. Ou nos sacos próprios para lixo. Ou nas sacolas de supermercado. O lixo fica exposto a ratos, vira-latas e vândalos. Vai para as bocas-de-lobo e engrossa o coro das enchentes.
Os contêineres representam um avanço.
Mas têm de ser lavados com água, bem cada vez menos renovável, dizem os defensores do meio ambiente.
Ocupam vagas de estacionamento cada vez mais raras, dizem os motoristas.
Cheiram mal, argumentam os mais sensíveis.
Se o lixo fosse bem separadinho em cada residência e colocado na rua só na hora da coleta, os contêineres não seriam necessários. Mas ainda não existe essa cultura.
A opção seria a de lixeiras elevadas, nas calçadas, como já existem em alguns lugares. gradeadas com vãos largos para não reter lixo nem chorume (o líquido que se desprende dele), e não exigir lavagem.
Resumo da ópera: decisões que envolvem comunidades sempre são complicadas. Porque não dá para agradar gregos e troianos. Ou, mais contemporaneamente, galegos e baianos.