Blog do Paulo Schiff

Ideias e Opiniões sobre o cotidiano.

Arquivo para o mês “novembro, 2012”

Operação Lexotan

O escândalo dos laudos fraudulentos gerenciados no Gabinete da Presidência da República em São Paulo parece ter a dimensão de um novo mensalão. Só o tempo pode confirmar ou não essa previsão.

O que já está mais do que confirmado, entretanto, é que o epicentro do terremoto está localizado em Santos, mais especificamente no Porto. E que parece ter sido levantada a ponta de um tapete que esconde muita, mas muita sujeira mesmo.

Aqui mesmo neste DL, foi denunciada, faz alguns anos, uma manobra estranha relativa ao T-Sal que incluía impressionantes reversões de laudos do Tribunal de Contas da União TCU – e da Advocacia Geral da União – AGU .

Agora, AGU e TCU estão entre os organismos que fraudaram laudos por encomenda da quadrilha capitaneada pela chefe do tal gabinete. E em ilustres companhias. Todas as siglas que apitam nas questões portuárias estão flagradas: Ibama, Antaq, SEP e SPU.

Pode parecer surpreendente gente de patente tão graúda envolvida: a procuradora Suzana Fairbanks cita nominalmente o ex-ministro José Dirceu como “pessoa que tinha poder de decisão lá dentro do governo”.

Mas os “livros”, “exemplares” e “volumes”, palavras do código utilizadas para designar dinheiro de maneira cifrada nas conversas interceptadas pela Polícia Federal, estão em quantidade que justifica até a presença da “Mulher do Lula”, que é como o apresentador da Band, Ricardo Boechat chama Dona Rosemary, a chefe do tal gabinete, parafraseando a expressão “homem do presidente”, mas com duplo sentido embutido e evidente.

No Porto, há muita apreensão por causa dos próximos capítulos. O que ninguém, entretanto, pode alegar é surpresa. Depois das passagens de Michel Temer e Valdemar da Costa Neto pela Codesp, a casa até que demorou muito para cair.

Vidas interrompidas

A semana trouxe para o noticiário três líderes políticos de primeira grandeza da nossa região que tiveram carreiras abortadas pela truculência da ditadura militar.

O primeiro foi o ex-deputado Marcelo Gato, deputado federal eleito em 1972. Sindicalista da Cosipa, hoje Usiminas, teve votação consagradora, 101 mil votos, e ficou entre os seis mais votados daquela eleição em todo o Brasil.

Marcelo Gato teve aquele mandato cassado em 1974 e morreu nesta semana. Natural de Sertãozinho e radicado em São Paulo, fez questão de ser sepultado em Santos.

Rubens Paiva, também deputado federal, nunca foi sepultado. Desapareceu, no início de 1971, vítima da estupidez dos militares que mandavam no país. Estava com os direitos políticos cassados desde 1964. Sempre houve rumores de que teria sido jogado de um avião no mar.

A Comissão Nacional da Verdade recebeu ontem documentos do Doi-Codi, lugar de onde ele sumiu, no Rio de Janeiro, que estavam sob guarda do coronel reformado Julio Miguel Molina Dias, e vai investigar o desaparecimento.

Esmeraldo Tarquinio também teve direitos políticos cassados pelo militares da ditadura. Primeiro negro a se eleger prefeito de Santos, em 1968, não chegou a assumir o mandato em função dessa cassação.

O jornalista Rafael Motta retrata essa trajetória no livro Tarquinio – Começar de Novo, lançado ontem no salão nobre Esmeraldo Tarquínio da Prefeitura de Santos. Rafael define o prefeito eleito e não-empossado como o grande político de origem popular de Santos no século 20.

Três vidas interrompidas. Três interferências indevidas na vida política de Santos e da região. Três exemplos de abuso e estupidez de um poder ilegítimo.

Robotização

Faz poucos anos os medicamentos Prozac, Viagra e Lexotan formaram um trio reconhecido, em tom bem-humorado, como da felicidade completa. Nada de depressão, nada de irritação e, na cama, nada de frustração. Tudo de bom. A química farmacêutica tinha tornado a vida perfeita.

Mas tem mais. Reposição hormonal, tanto para homens como para mulheres. Virilidade na terceira idade. Menopausa, só para quem quer.

E próteses. Tem preenchimento de maça do rosto, de nádega, de peitoral masculino… Se a mulher quiser, os lábios também podem ser preenchidos para ter uma boca de Angelina Jolie. Silicone nas mamas virou carne de vaca, todas as famosas têm. E as não-famosas, também.

Pinos e parafusos para reparação de fraturas. A cabeça de fêmur de metal. Até Pelé fez uma cirurgia desse tipo recentemente. A única contra-indicação dessas peças é a dificuldade em aeroportos e em portas automáticas de agências bancárias. Faz alguns meses uma moça ficou só de calcinha e sem sutiâ para tentar entrar num banco em Santos.

O questionamento agora é em que essa parafernália química, mecânica, hormonal e, digamos assim, silicônica, vai transformar o corpo humano daqui a cem anos.

No cinema, o Homem Bicentenário, o antigo Ciborg de mixurucos seis milhões de dólares, os replicantes de Blade Runner, o Caçador de Andróides, os robozinhos de Guerra nas estrelas e os mais antigos do seriado cult Perdidos no Espaço antecipavam essa discussão.

Experiências bem-sucedidas já permitem que o cérebro comande braços e pernas mecânicos.

Vai ser rápido. Em pouco tempo vai se estar discutindo até que limite o ser permanece humano sem se transformar em robô, Para se discutir se o robô já se tornou humano ou ainda não, demora mais um pouquinho.

O sorriso de Dona Benedita

Fiquei com o sorriso da mãe do Joaquim Barbosa na cabeça. Negra, cabelo branco puxado num coque à moda antiga na cabeça, roupa prateada de festa e… aquele sorriso.

Dona Benedita.

Não é difícil imaginar os pensamentos e lembranças que se embaralhavam na cabeça dela na cerimônia de posse do filho.

Joaquim é o mais velho dos oito irmãos. Nasceu na década de 50 em Paracatu, no interior de Minas Gerais. Pai pedreiro e mãe dona-de-casa.

A trajetória de Paracatu até a presidência do Supremo está entre as mais bonitas da

história do país. Para qualquer brasileiro, quase inacreditável. Para Dona Benedita, devia estar parecendo um sonho.

Devem ter desfilado na cabeça dela momentos doces desde a amamentação até aqueles de ver o filho dormindo e dar uma arrumadinha na coberta, outra no travesseiro e na saída, um beijo na testa.

Ela deve ter sentido de novo toda a angústia e toda a insegurança dos momentos da separação do marido, quando o adolescente Joaquim passou a trabalhar e ajudar a sustentar a mãe e os irmãos mais novos.

E o orgulho de ver o filho ali, falando do país e sendo aplaudido pela presidente Dilma e tantos doutores…

Joaquim Barbosa já tinha entrado para a história pelo julgamento do mensalão, um marco jurídico e político.

Ontem agradeceu com simplicidade à “minha mãezinha”.

E Dona Benedita lembrou do que deu ao filho: “oração”. “Ele lutou por conta própria” disse ela.

É difícil de saber para que deuses ou que santos Dona Benedita direcionou as preces pelo filho.

Mas é fácil imaginar que tipo de oração ela murmurava ontem com aquele sorriso iluminado no rosto: agradecimento.

Como o estrangeiro vê o Brasil

Li nesta semana um artigo e uma reportagem sobre características brasileiras, olhadas por estrangeiros dos Estados Unidos.

Uma delas é ser “O Brasil, de longe, o país do mundo onde as pessoas mais se beijam em público”. Estrangeiros têm dificuldade para entender e se adaptar, escreve no artigo o jornalista dos EUA, Seth Kugel, de 42 anos, radicado em São Paulo.

Pelos padrões dos Estados Unidos, ele compara espantado, “conversa, pega o telefone, liga, sai para jantar e depois vai beijar ou não”. O padrão brasileiro é bem outro: “gostou, beijou”.

A outra característica é a desvalorização do trabalho doméstico que conserva ranço do escravagismo adotado até 1888 no país. O mercado imobiliário de Miami, pela reportagem, inovou nos imóveis de alto luxo, para se adaptar aos consumidores brasileiros: colocou o quarto de empregada, “aposento inusitado nos Estados Unidos”.

Tramita no Congresso uma emenda para incluir nos benefícios dos empregados domésticos horas-extras, jornada máxima de 44 horas semanais, FGTS, auxílio-creche, e adicional por trabalho noturno, item que explica o tal “quarto de empregada”.

Lembrei do cientista político Aloísio Azevedo, que chama a atenção para a diferença entre a integração racial brasileira e a segregação dos Estados Unidos: pan-humanismo que integra e mistura contra multiculturalismo que separa para conviver.

Diferenças culturais…

Sua Excelência, a carga

O novo marco regulatório dos portos foi adiado mais uma vez. O anúncio deve ficar para a semana que vem, na volta da viagem da presidente Dilma. Mas sempre sujeito a novo adiamento.

Enquanto o marco não vem, a boataria corre solta. Nas últimas edições dessa novela na Rádio Peão, as mudanças são mais suaves do que as dos capítulos – ou melhor, fofocas – anteriores.

Pelo que se comenta nos corredores, os Conselhos de Autoridade Portuária e os Órgãos Gestores de Mão de Obra, agora permanecem. As companhias docas é que mudam de perfil. Mas nem é bom entrar muito nessa seara porque se trata de especulação pura.

Esse período a mais de incubação do novo marco pode ser aproveitado para um direcionamento que tem feito falta nas discussões: lembrar que a Sua Excelência, na atividade portuária, é a carga.

No cenário de navios, equipamentos sofisticados, trabalhadores e convivência internacional, essa realidade evidente muitas vezes é deixada de lado.

A carga é maltratada.

Não se trata só de fazer contêineres e granéis enfrentarem filas, falta de planejamento, greves…

O conceito de licitação de terminais é a mais perfeita tradução dessa falta de cuidado. Os leilões são decididos pela maior oferta ao governo. E é evidente que esse desembolso do empresário que vence a concorrência e passa a operar o terminal vai onerar a tarifa de movimentação.

Se a preocupação fosse a de mimar a carga, razão de ser do porto, o conceito deveria ser o de menor tarifa e não o de maior lance.

É essa distorção que fez com que a privatização tenha ajudado os portos brasileiros – o de Santos incluído – a conquistar avanços impressionantes na produtividade. Mas que não se refletiram no barateamento da operação, como seria natural.

No novo marco, a carga poderia ser tratada com mais carinho. O comércio internacional brasileiro agradeceria.

A invasão da publicidade

Jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão e até portais de internet são sustentados pela publicidade. É a lógica do sistema. Leitores, ouvintes, telespectadores e internautas buscam informação e entretenimento nesses meios de comunicação. E convivem também com anúncios e merchandising.

Muita gente reclama dos anúncios. Tem quem tente escapar acionando o controle remoto nos intervalos da programação. Mas do merchandising, ninguém escapa.

Funciona. Mesmo que você não perceba, a mensagem do merchandising vai para algum ponto remoto do cérebro. E na hora de escolher o produto, lá está ela influenciando.

Por isso esse tipo de publicidade movimenta uma montanha de dinheiro.

Como referência: só os programas do Luciano Huck, “Caldeirão do Huck” (Globo), do Gugu Liberato, “Programa do Gugu” (Record) e do Celso Portiolli, “Domingo Legal” (SBT) arrecadaram, pelas contas do Merchanview, do Ibope Media, entre janeiro e outubro deste ano, R$ 2,64 bilhões.

Em alguns casos, as ações de merchandising chegam a ocupar até 25% do tempo “artístico” do programa (ou seja, intervalos comerciais não incluídos).

A única limitação imposta a essa enxurrada de informação publicitária camuflada é o controle remoto. Quando o programa extrapola na chatice, o telespectador sai fora e o merchandising exagerado fica apregoando produtos no deserto.

Uma outra maneira de conseguir atingir o telespectador com esse bombardeio de consumismo é a criatividade dos anúncios. Em muitos casos, o intervalo comercial é mais interessante do que o conteúdo da programação. O humor, a poesia, a melodia e a fantasia desvairada de alguns comerciais chegam a marcar época:

Não é nenhuma Brastemp”, “A cerveja que desce redondo”, “O primeiro sutiã a gente não esquece”, “O ‘tio’ da Sukita”… a lista é comprida.

O merchandising representa a publicidade embutida na programação, cada vez mais integrada nela. Mas não é surpreendente que a gente se acostume e não reclame. Afinal, quantas pessoas você não conhece que nas horas de folga adoram passear em shoppings e olhar vitrines?

Artigo para ser lido em pé

Uma das notícias que provocou mais interesse nas pessoas na semana passada é a da pesquisa científica que demonstra os riscos para a saúde de permanecer sentado por muito tempo.

Não é à toa.

Tente imaginar uma pessoa trabalhando. Você quase certamente vai visualizar alguma dessas opções: alguém diante da tela de um computador, falando ao telefone, dirigindo um veículo, atendendo um cliente. Todas essas pessoas vão estar sentadas.

Um médico que faz uma consulta, uma psicóloga numa sessão, uma secretária, um aluno durante a aula… todos sentados.

O advogado Lupércio Mussi observou que nas empresas de limpeza pública, motoristas – que trabalham sentados – têm problemas de saúde em quantidades muitas vezes superiores aos dos varredores – que trabalham em pé.

Agora vamos fazer outro exercício. Imaginar uma pessoa em horário de lazer. Diante de uma televisão. Jogando vídeo game. Num bar, num restaurante, num estádio de futebol. Todas essas pessoas também vão estar sentadas, com exceção do torcedor irritado do Palmeiras xingando o técnico, os jogadores ou o juiz. Esse provavelmente vai estar em pé.

A pesquisa quantificou o tempo de cadeira e sofá que representa ameaça: um período de 11 horas ou mais ao dia significa 40% de chances a mais de morrer nos próximos três anos em comparação com quem se senta menos de quatro horas diariamente. Isso independe de peso e de atividade física.

Diabetes, problemas cardíacos, câncer de intestino… a incidência aumenta muito nos sentados: 50, 80, 90%. A pesquisa é uma análise de 18 estudos sobre o assunto que, ao todo, envolveram quase 800.000 participantes.

As causas ainda não estão mapeadas. Mas as suspeitas recaem sobre a reação metabólica dos músculos ao relaxamento e ao trabalho.

Uma vez vi uma jornalista, jovem e sarada, dizendo que usava carro até para ir na padaria que ficava a uma quadra e meia da casa dela.

Mando essa pesquisa para ela pelo facebook?

Escolhas

A vida é feita de escolhas. O dia começa assim: acordo ou durmo mais um pouco?

Na mesa, aqueles que brigam com a balança enfrentam dilemas terríveis todos os dias: como esse doce agora e começo a dieta só amanhã? Para o atleta que tem o objetivo de ser de ponta, a questão é a hora de parar a malhação:

Treino mais um pouquinho ou chega por hoje?”.

Tudo é escolha. Casar ou comprar uma bicicleta é só uma delas. Dizer o que penso para esse chefe desumano? Passar esse sinal que vai ficar no vermelho?

Nos desenhos animados essas indecisões às vezes são representadas por um anjinho soprando numa das orelhas e um diabinho na outra. Representação quase perfeita. Mas que não capta as nuances entre o sim e o não. O talvez…

Porque nem todas as decisões ficam tão claramente estabelecidas assim entre o bem e o mal.

Como já disse num verso o roqueiro Raul Seixas:

O início, o fim e o meio…”

Nem quente nem frio, nem vermelho nem azul, nem petista nem tucano.

Por falar em nem petista nem tucano, essa muitas vezes é uma opção apenas do primeiro turno. Você votou no PV ou no PSB, mas e aí, quando ficam só a Dilma e o Serra? Anula?

Nem tudo está em jogo numa decisão só. Geralmente a gente dramatiza diante dela. Parece que a vida está em jogo. Como na escolha de Sofia, que foi apresentada a uma questão com um conteúdo dramático insuportável: optar entre dois filhos qual deve seguir vivendo e qual deve ser sacrificado.

A sequência de escolhas é que determina a trajetória. Mesmo que em algumas você quebre a cara, o que é inevitável. Se tiver um foco, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Ou pelo lado. Ou por baixo. Mas continua… Começa de novo…

Quem escolhe sem ter noção de onde quer chegar se comporta como uma criança que brinca de cabra-cega, tentando alcançar os parceiros de brincadeira com os olhos vendados.

Quanto mais a pessoa está preparada em relação a uma questão, melhor para escolher… Esse é um dos fatores que confere importância vital à educação.

Mas esse é um outro assunto que fica para um outro texto.

A escolha de hoje foi a de conversar com você sobre… escolhas.

Coronel assassinado

Coronel Ubiratan ficou marcado pelo Carandiru

A absolvição de Carla Cepolina ficou passeando entre os meus pensamentos o dia inteiro. Gostaria muito de poder conversar com você, leitora / leitor do DL e deste blog, sobre essa decisão dos jurados. Gostaria de poder ouvir ou ler o que você pensou disso.

Todas as evidências apontam para a acusada. Não vou repetir aqui essas evidências que você conhece melhor do que eu.

Por que, então, a absolvição?

Todas as pessoas para quem fiz essa pergunta têm a sensação de que na verdade a acusada não foi absolvida e sim a vítima do crime considerada culpada.

É absurdo? Difícil de dizer. Mas parece que as pessoas entendem que o Coronel Ubiratan devia ser punido pelos atos que fez ou deixou de fazer enquanto policial e comandante da PM.

O assassinato teria sido uma espécie de justiça coletiva com as próprias mãos. Carla Cepolina teria pós-recebido uma procuração para executar essa sentença.

O Coronel Ubiratan ficou marcado pelo episódio do Carandiru, quando mais de cem presos em rebelião morreram. Num primeiro julgamento foi condenado a mais de 600 anos de prisão. O julgamento foi anulado e depois ele foi absolvido.

Viveu cercado de violência por todos os lados. Aí, olhando pelo ponto de vista espiritual, não é estranho que uma pessoa experiente nessas questões e que cuidava tanto da segurança possa ter sido assassinada por uma frágil mulher com quem se relacionava?

Fica uma coisa no ar tipo assim: por mais cuidados que ele tomasse, a sintonia em volta do coronel tinha estabelecido que o final da vida dele teria necessariamente de ser violento.

E foi.

O que será que passou na cabeça dos jurados? Falta de provas?

O julgamento do mensalão acaba de colocar na mesa a tese de que nem sempre as provas são necessárias. Foi usada a teoria do “domínio do fato”. José Dirceu foi condenado por essa tese: tinha o controle do processo.

Na contramão da tese do mensalão, Carla Cepolina, sozinha com o coronel no apartamento, tinha controle total. 100%. Mmesmo asssim foi absolvida.

O que você acha disso, leitora / leitor?

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