Blog do Paulo Schiff

Ideias e Opiniões sobre o cotidiano.

Arquivo para o mês “janeiro, 2013”

Coisa de Satanás

Uma obra de engenharia só desaba se o diabo se empenhar nisso. O professor Victor Mello, da Escola Politécnica da USP, sempre demonstrou esse teorema por a mais b.

Pode soar estranho num cientista a citação do diabo. Mas tem lógica irretocável. Coeficientes de segurança, explicava o português, um dos mais conceituados especialistas em solos da história do Brasil, majoram significativamente no cálculo os esforços a que a estrutura vai ser submetida. E ao mesmo tempo reduzem a resistência do aço e do concreto. O método construtivo tem todos os cuidados necessários e mais os desnecessários. Todas as situações possíveis já foram esquadrinhadas nos zilhões de construções anteriores. E um erro só não derruba um prédio. Nem dois. Nem três. A sinfonia de erros tem de ser tão abrangente e diversificada, que só pode ter sido regida pelo diabo.

Algum satanás, assim, derrubou o Moulin Rouge em Santos no começo dos anos 90. Ou o Palace do deputado já falecido Sérgio Naya no Rio de Janeiro.

O teorema do velho professor vale também para tragédias como a de Santa Maria, no final de semana, ou a do Clube de Regatas Santista, em Santos, em 97.

Só um exército de capetas pode juntar seguranças sem treinamento e sem equipamento de comunicação, salas superlotadas, extintores que não funcionam, ausência de sinalização para uma saída que era única e uma banda que usa fogos de artifício ou assemelhados em lugar fechado.

A repetição periódica dessas tragédias já mostrou que se depender só da fiscalização, elas vão continuar acontecendo.

Ou seja, a prevenção desse tipo de risco depende única e exclusivamente de cada um de nós e do nosso conjunto, a comunidade.

Somos nós que vamos ter de aprender a não consumir mais produtos e programas colocados no mercado por empresários que tenham como prioridade o lucro e não a segurança.

Medida Provisória 595, da regulação portuária, no Congresso: explosão ou chabu?

Medida Provisória 595 que revoga a Lei 8630/93 de Modernização dos Portos

Medida Provisória 595 que revoga a Lei 8630/93 de Modernização dos Portos

No próximo dia 04, vai ser instalada a comissão mista do Congresso – 14 senadores e 15 deputados – para análise da Medida Provisória 595 que revoga a Lei 8630/93 de Modernização dos Portos e altera significativamente a regulação do setor portuário no Brasil. 

Medidas provisórias valem como lei por até 120 dias no máximo. Os 60 dias iniciais podem ser prorrogados por igual período. Para se tornarem leis, precisam ser aprovadas pelo Congresso. É o caso da MP 595. Publicada no Diário Oficial no dia 06 de dezembro, ela tem esse prazo de validade. Na conta, deve ser descontado o período de recesso do Congresso.

Uma MP tem risco mínimo de rejeição pelo Congresso Nacional. Uma das raríssimas exceções, historicamente e curiosamente, tem relação com o setor portuário. Em dezembro de 2006, depois de muita polêmica, o governo do presidente Lula, reeleito, mas enfraquecido pelo escândalo do mensalão, desistiu de aprovar a MP que alterava a abertura e a operação dos portos secos.

Um ano depois, ainda fragilizado, outra derrota legislativa histórica: a rejeição da prorrogação da Contribuição Provisória Sobre a Movimentação Financeira – CPMF. Essa não era MP.

As condições do Senado e da Câmara neste início de 2013 não têm nada a ver com 2006 e 2007.

Para começar, a nova regulação do setor portuário é vista como mais um passo na direção da redução do Custo Brasil, depois das enérgicas reduções das taxas de juros e das tarifas de energia elétrica. Que parlamentar teria coragem para votar na contramão desse processo considerado vital para o país e simpático a dez entre dez meios de comunicação?

A nova regulação tem essa aura. Olhada mais de perto, entretanto, parece feita sob medida para sacramentar legalmente dois mega-empreendimentos portuários bilionários em andamento: o do empresário Eike Batista em São João da Barra (RJ) e o terminal Embraport / Odebrecht em Santos. Ambos, sem a nova regulação teriam problemas legais para movimentar majoritariamente – como pretendem – cargas de terceiros.

Portos públicos organizados passam a sofrer concorr~encia de portos privados e um caso emblemático – que assusta a comunidade portuária – é o de Itajaí. O porto público submetido a essas condições definha e a tendência ´pe a de que seja colocado para respirar por aparelhos.

A liberação da contratação de trabalhadores desvinculados dos OGMO’s – Órgãos Gestores de Mão de Obra – criados pela Lei 8630, é um dos principais fatores desse assombro. Pode ter sido colocada na MP 595 como aquela história do bode na sala e retirada sem nenhum problema para facilitar a aprovação da MP.

No século passado, uma ameaça desse porte aos portos públicos provocaria reação explosiva. Neste início de século 21, a tendência é de que essa explosão dê chabu e se dissolva na geléia geral.

O macho, o andrógino e os 60

Hugo Chávez e David Bowie. Um não tem nada a ver com o outro. Em alguns pontos, chegam a ser opostos.

O venezuelano está chegando aos 60 anos. O inglês já passou dessa marca. Um tem a morte especulada. Outro teve a morte cantada por um grupo de rock. O Flaming Lips gravou Is David Bowie Dying? (David Bowie está morrendo?).

Hugo Chávez tem a imagem do machão latino-americano. Baseia nessa imagem de virilidade a força político / eleitoral. Forte o suficiente para enfrentar e vencer as elites políticas que ocuparam o poder antes dele. E que nunca deram espaço para a população mais pobre.

David Bowie, ao contrário, alcançou o estrelato com uma imagem andrógina. Ambiguidade sexual. Tornou-se uma referência para os roqueiros que vieram depois dele na maquiagem exagerada, por exemplo. Tem muita gente que jura que ele foi flagrado num envolvimento sexual com o rolling stone Mick Jagger

O câncer pélvico apanhou Chávez no contrapé. Na região genital, símbolo da masculinidade. Daí a enorme dificuldade dele para lidar com a doença.

David Bowie também teve dificuldades para lidar com um problema cardíaco sério que enfrentou em 2004. Sumiu de cena.

Neste início de ano o roqueiro inglês surpreendeu o mundo da música. Depois de dez anos vai lançar um álbum novo. Em março sai a primeira música.

Hugo Chávez também surpreendeu o mundo da política ao tomar posse para mais um mandato presidencial de corpo ausente. E sumido.

O único denominador comum entre o astro do rock e o caudilho político é que a conotação sexual da imagem, tanto a da macheza extremada quanto a da androginia não resistem à passagem do tempo. E em especial à marca dos 60.

Desesperar jamais

Educadores recomendam o esporte. Crianças e adolescentes aprendem a valorizar os treinos e a preparação. Convivem com a vitória e também com a derrota. Tomam contato com o trabalho de equipe, mesmo em esportes individuais como a natação e o tênis.

Este final de semana apresentou pelo menos duas oportunidades super-interessantes para os educadores de pinçar exemplos convincentes para defesa da importância do esporte.

Os dois na Copa São Paulo de juniores.

O primeiro foi a volta por cima, durante o jogo do goleiro do Santos. Gabriel Gasparotto falhou feio e o adversário Audax não perdoou: 1 a zero.  O jogo era muito difícil. Valia uma vaga na semifinal e o Audax era até ali o melhor time da Copinha. Gabriel era o vilão da desclassificação.

No final do primeiro tempo, pênalti contra o Santos. Gabriel defende. E a defesa do goleiro nesse lance, injeta ânimo no time. O Santos consegue empatar já no final do segundo tempo e vai para a disputa de pênaltis. O goleiro pega dois pênaltis. E se torna o herói da classificação.

Em outro jogo das quartas, o São Paulo está ganhando do Goiás por 2 a 1. O time goiano está com um a menos, teve uma expulsão. Falta menos de um minuto.Tudo parece perdido.  A defesa levanta uma bola para a área do São Paulo. O atacante goiano, grandão, acredita. Passa a bola, com o peito, um pouquinho fora da área, na esquerda, para um companheiro. Com o corpo, impede aproximação dos zagueiros. E o goiano acerta um chute cruzado, improvável, perfeito. Acerta o canto oposto , rasteiro, indefensável. Não dá tempo nem para outro recomeço. Pênaltis. E o Goiás elimina o São Paulo.

O goleiro Gabriel, na linguagem do samba, levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Em menos de hora e meia passou de vilão a herói. O time do Goiás, usando o jargão do folclore do futebol,  mostrou que o jogo só acaba quando termina. Ou, na sabedoria popular, que enquanto há vida, há esperança… Desesperar jamais.

Pensar grande

Aprendi com o empresário Omar Laino, na direção da Assecob, que quem pensa grande começa certo. Omar atua na construção civil e presidiu a entidade dos construtores por dois mandatos no final dos anos 80 e começo dos 90.

E ontem ouvi uma história, mais uma, que confirma esse pensamento. Uma história interessante para prefeitos, prefeitas e equipes que estão começando mandatos neste início de 2013 nas cidades da Baixada Santista, todas com potencial turístico.

No começo da década de 90, a cidade espanhola de Bilbau, portuária, começou o projeto do Museu Guggenheim Bilbau. Procurou um arquiteto talentoso e polêmico, um dos mais conhecidos do mundo, o canadense naturalizado norte-americano Frank Gehry.

O museu já foi notícia desde o projeto. As formas originalíssimas, construídas em folhas de titânio, dificultavam tanto o cálculo da estrutura que se imaginava impossível a construção.

Nessa época, dois vôos por semana partiam de Madrid para Bilbau.

O Museu, com todas as dificuldades, ficou pronto em 1997. Recebe até hoje críticas. É considerado inovador por fora e conservador por dentro. Reclamam que o prédio atrai mais visitantes do que as exposições que ele abriga. Que a manutenção, pela esquisitice das formas, é muito cara.

Mas é um dos cinco pontos turísticos mais visitados da super-turística Espanha.

Alguns anos depois passaram a decolar de Paris três vôos diários para Bilbau.

Vale ou não vale a pena pensar grande, como ensinava já antes do Museu de Bilbau ser projetado, o empresário Omar Laino?

A crônica no século 21

Machado de Assis, num texto bem-humorado, lança uma tese sobre o nascimento do gênero literário crônica.

Ele imagina que a primeira crônica tenha começado de uma conversa entre duas vizinhas sobre o calor. Daí o assunto teria passado a ser o pomar e a horta de outro morador daquela rua. Na sequência entra em pauta a vida amorosa desse outro vizinho e desse encadeamento flexível e descompromissado de assuntos nasce a crônica.

Neste início de século 21, e em especial neste mês de janeiro, o calor, as chuvaradas e o trânsito também têm potencial croniquesco.

Mas têm a concorrência desleal das fofocas sobre celebridades. Nacionais e locais.

Nesta semana, a crônica certamente teria nascido numa roda de mulheres em cabeleireiro, ou de marmanjos em boteco, sobre a nomeação / exoneração do maridão da prefeita Antonieta, de Guarujá, para o cargo de ouvidor municipal.

Alguém comentaria que no lugar de ouvir queixas de moradores ele vai é escutar zoação dos amigos pelo recorde de curta duração na função. Nem entrou e já saiu. Foi sem nunca ter sido, como a Viúva Porcina da novela antiga.

Outro relataria casos de autoridades que assinam pilhas de papéis sem olhar direito, justificativa da prefeita para a tal nomeação errada. Para isso é requisito confiança absoluta no funcionário que coloca o processo na frente do assinador (ou assinadora, como neste caso) e mostra o local onde a assinatura deve ser colocada.

Alguém na roda já vai lembrar do caso de um juiz de São Vicente que assinou nesse método, a determinação de colocação de uma escada rolante num fórum térreo. E de outro que assinou um pedido de exoneração dele mesmo dois dias antes da aposentadoria. Brincadeiras de funcionários, os tais documentos ficaram expostos no quadro do fórum…

Daí, alguém mais romântico vai dizer que quem está apaixonado percebe o nome da pessoa amada num documento assim que bate o olho nele. Como se estivesse destacado com marcador de texto verde-limão…

E com essa especulação abstrata, mas incômoda, está pronta a crõnica. Pelo menos essa de hoje…

Os problemas de cada um

Na China, o bicho está pegando por causa da poluição. O país deu um salto de desenvolvimento atropelando o ambiente e ignorando os direitos dos trabalhadores.

Agora começa a pagar o preço desse crescimento não-sustentável.

No sábado, a poluição do ar atingiu níveis insuportáveis. A medição oficial – super-chapa branca e duvidosa – registrou 400 microgramas por metro cúbico de ar. Acima de 100, pela organização Mundial de Saúde, representa risco para a saúde. Acima de 300, idosos e crianças não devem sair de casa. O caos. Funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Pequim mediram 800… E agora?

*****

Nos Estados Unidos a coisa está pegando por causa da liberdade para a compra de armas. A cada tragédia orquestrada por atiradores paranóicos, esse debate estéril volta a mobilizar o país. Depois da tragédia da escola de Newtown, onde um desses malucos matou 20 crianças e 6 adultos, a preocupação também chegou a níveis insuportáveis. O presidente Barack Obama está disposto a bancar o desgaste de limitar a venda de armas por decreto presidencial.

E no Brasil? Dá para adivinhar o que está pegando?

CORRUPÇÃO.

O deputado Renan Filho (PMDB-AL), cria do notório Renan Calheiros, senador pelo mesmo partido e pelo mesmo estado, segue os passos do pai. Este tinha a pensão de um filho dele com uma jornalista paga por uma empreiteira, lembra? O filho está investigado em um inquérito da Polícia Federal por desvio de verbas da merenda escolar na cidade em que foi prefeito de 2005 a 2010, Murici. A investigação encontrou indícios de crimes de Renan Filho: irregularidades na licitação que escolheu a empresa e valores de notas fiscais muito acima dos registrados pela Secretaria da Fazenda.

Renan pai vai ser de novo presidente do Senado.

E o Renanzinho é filho de peixe….

Um futuro de bissexualidade?

José de Abreu afirma que no futuro todas as pessoas serão bissexuais

José de Abreu afirma que no futuro todas as pessoas serão bissexuais

No futuro todas as pessoas vão ser bissexuais”. A frase foi dita pelo ator de novelas José de Abreu, numa das entrevistas que choveram depois do sucesso do personagem que ele desempenhou na novela Avenida Brasil.

A fala de Abreu é uma espécie de reação à polêmica provocada pela saída dele mesmo do armário (pelo menos publicamente) ao declarar a própria bissexualidade.

É difícil saber se a profecia do ator vai se tornar realidade ou não. Pessoalmente, não acredito. Porque ao mesmo tempo em que a liberação aumenta e muita gente assume a homossexualidade, também aumenta a intensidade da homofobia nos rincões em que ela ainda sobrevive.

Nessa questão, uma explicação filosófica e outra bem-humorada ficaram marcadas no meu pensamento nos últimos anos.

A filosófica é do professor universitário Ricardo Galvaneze. Ouvi numa entrevista dele à Rádio Jovem Pan. Ele explicou que a reprodução está dissociada do sexo pela fertilização in vitro, inseminação artificial, barriga de aluguel e outras técnicas. E que o sexo também está dissociado da reprodução. 99,99% das relações sexuais evitam de alguma maneira a reprodução. Nesse cenário, explica o professor, o sexo deixa de ser uma atividade natural e passa a ser cultural. Daí, vale tudo: homem com homem e mulher com mulher, também.

A explicação bem-humorada dessa tendência veio na academia, pelo professor de Educação Física, Rodrigo (melhor omitir o sobrenome para que ele não seja acusado de homofobia).

Diz ele que no Brasil, o homossexualismo era proibido no passado. Depois passou a ser só reprimido. Daí a tolerado. E agora, incentivado. Ele termina dizendo que pretende ir embora do país antes que seja obrigatório.

O poder do humor

'O humor liquida a questão'

‘O humor liquida a questão’

Certas situações difíceis de abordar por argumentos são explicadas com perfeição pelo humor.

A da Venezuela, por exemplo. A decisão de dar posse a um Hugo Chávez ausente, em recuperação em Cuba da enésima cirurgia contra um câncer pélvico, sem aparições públicas há mais de duas semanas e sobre quem há rumores de estar morto, dividiu o país.

Houve pela Suprema Corte uma interpretação favorável ao chavismo. Por ela, o vice-presidente que não é eleito e sim indicado pelo presidente, pôde tomar posse para mais um mandato, mas com poderes limitados. A oposição não concorda. Queria a posse do presidente da Assembléia, que teria de convocar novas eleições em um mês.

A discussão não acaba nunca. Interminável. Nessa bola dividida, entra o humor e liquida a questão. O colunista José Simão escreve que daqui a trinta anos uma das manchetes vai ser assim:

“Morto há 17 anos, Hugo Chávez é reeleito para mais um mandato na Venezuela.”

Outra situação difícil de explicar com argumentos é a do grão-tucano José Serra. Derrotado na eleição presidencial de 2010 por Dilma e perdedor novamente em 2012 na disputa pela Prefeitura de São Paulo para Fernando Haddad, qual o futuro político do ex-ministro, ex-deputado, ex-senador, ex-prefeito e ex-governador?

Alguns serristas sobreviventes dessas campanhas vão dizer que se trata de um quadro importante do partido. Que ele tem um ótimo “recall” (lembrança forte do eleitor) e outras baboseiras desse tipo.

Os anti-serristas vão dizer que a hora dele já passou, que a fila andou e que agora Alckmin e Aécio Neves é que são bolas da vez.

A discussão também se estende ao infinito. Aí entra o humor e também liquida a questão. Uma charge coloca alinhados um datilógrafo, um leiteiro, um disco de vinil e uma carta escrita, daquelas antigas, coisas que não existem mais, ou que até existem mas não têm mais utilidade. Na sequência desses desenhos, sentadinho no chão de paletó e gravata e encostado na parede, com o leiteiro e o datilógrafo quem está?

José Serra !!!

Utilidade pública

Em janeiro de 2011 morreu um adolescente de 18 anos, turista, numa tempestade de raios em Praia Grande. Ele foi atingido na praia.

Em janeiro de 2012 um menino de 13 anos que caminhava com o pai na beira do mar em Guarujá também morreu depois de ser atingido por raio.

E neste primeiro domingo de janeiro de 2013 um casal teve o mesmo fim trágico na praia em Bertioga.

O potencial de um raio pode chegar a 2 bilhões de volts, a corrente a 200 Amperes e a duração do fluxo é muito pequena: 0,0001 segundo. Fulminante.

O coração pára de bater e o socorro adequado é a técnica de ressuscitação.

O número de raios no Brasil tem aumentado, principalmente na nossa regiaõ sudeste. Isso se deve, segundo os especialistas, ao fenômeno La Niña, esfriamento acima do normal das águas do Oceano Pacífico.

Ao aumento do número de raios corresponde diretamente um aumento do número de mortes como essas que foram registradas nas praias da Baixada Santista.

Praias, campos de futebol e descampados em geral são os locais que apresentam mais risco. E 3 de cada 4 mortes por raio acontece com pessoas em atividades de recreação ou esportivas.

Na Antiguidade, gregos e romanos acreditavam que os raios eram fabricados por Hefestos (Vulcano para os romanos) para serem utilizados por Zeus (Júpiter) nas tempestades e nos acessos de ira.

Hoje o fenômeno da descarga da eletricidade das nuvens está cientificamente conhecido.

Mas ainda falta campanha de conscientização para afastar essas muitas tragédias (mais de uma centena por ano no Brasil) que poderiam ter sido evitadas com abrigo em prédios protegidos por pára-raios (obrigatórios) ou, em último caso, deitando na areia ou no descampado para deixar de ser o ponto mais alto na área sujeita às descargas.

Simples assim.

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