Blog do Paulo Schiff

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Carnaval desmetropolizado

Chegou o Carnaval. Santos tem desfile de escolas de samba. São Vicente, não. Cubatão, também não.

O curioso é que o sambódromo de Santos fica quase na divisa com São Vicente. E com acesso de boa qualidade para as cubatenses.

Guarujá tem ligação mais complicada com Santos. Mas isso nunca impediu a participação da escola de samba Amazonense.

Por que não, então, um carnaval metropolitano?

Para as escolas de Cubatão e São Vicente, 2013 vai ser um ano nefasto. Um ano de interrupção de desfile significa um prejuízo terrível. Não é só o desânimo dos integrantes. É a falta de confiança que vai contaminar os próximos anos:

“Vai ter Carnaval? Será que não vai rolar de novo?”.

Você pode pensar que não houve tempo para organizar. Afinal os prefeitos assumiram no início do ano, a menos de 2 meses da festa. Mas eles se elegeram no início de outubro. Paulo Alexandre em Santos, venceu no primeiro turno. Bili, em São Vicente, também. E em Cubatão, nem tem segundo turno.

Um pouquinho de boa vontade, outro de conversa e a coisa poderia ter ficado esquematizada mesmo antes da posse.

O mais curioso é que o carnaval já foi metropolitano. E isso, na década de 80, portanto antes da institucionalização da região metropolitana. Houve, portanto, um retrocesso.

Um campeonato metropolitano de escolas de samba fica mais barato para cada prefeitura. Pode atrair verbas estaduais. E tem potencial para se transformar numa atração turística.

O carnaval santista das escolas de samba desmente sozinho toda essa lenga-lenga de integração metropolitana que a gente escuta dos políticos da região faz tanto tempo.

Coisa de Satanás

Uma obra de engenharia só desaba se o diabo se empenhar nisso. O professor Victor Mello, da Escola Politécnica da USP, sempre demonstrou esse teorema por a mais b.

Pode soar estranho num cientista a citação do diabo. Mas tem lógica irretocável. Coeficientes de segurança, explicava o português, um dos mais conceituados especialistas em solos da história do Brasil, majoram significativamente no cálculo os esforços a que a estrutura vai ser submetida. E ao mesmo tempo reduzem a resistência do aço e do concreto. O método construtivo tem todos os cuidados necessários e mais os desnecessários. Todas as situações possíveis já foram esquadrinhadas nos zilhões de construções anteriores. E um erro só não derruba um prédio. Nem dois. Nem três. A sinfonia de erros tem de ser tão abrangente e diversificada, que só pode ter sido regida pelo diabo.

Algum satanás, assim, derrubou o Moulin Rouge em Santos no começo dos anos 90. Ou o Palace do deputado já falecido Sérgio Naya no Rio de Janeiro.

O teorema do velho professor vale também para tragédias como a de Santa Maria, no final de semana, ou a do Clube de Regatas Santista, em Santos, em 97.

Só um exército de capetas pode juntar seguranças sem treinamento e sem equipamento de comunicação, salas superlotadas, extintores que não funcionam, ausência de sinalização para uma saída que era única e uma banda que usa fogos de artifício ou assemelhados em lugar fechado.

A repetição periódica dessas tragédias já mostrou que se depender só da fiscalização, elas vão continuar acontecendo.

Ou seja, a prevenção desse tipo de risco depende única e exclusivamente de cada um de nós e do nosso conjunto, a comunidade.

Somos nós que vamos ter de aprender a não consumir mais produtos e programas colocados no mercado por empresários que tenham como prioridade o lucro e não a segurança.

Cenas de Quinto Mundo

A volta do litoral depois de um feriado é coisa de quinto mundo. Décima categoria. Prefeitos que saem, prefeitos que entram, deputados da Baixada, governo estadual, concessionárias das estradas… É questão de vergonha na cara.

Ontem muita gente que mora no litoral sul e trabalha em Santos, São Vicente, Cubatão teve enorme dificuldade para chegar ao trabalho. Muitos chegaram com duas, três ou até mais horas de atraso. Quem volta para a Grande São Paulo e para o interior já vem com a alma preparada para o calvário.

Em outros anos havia banheiros químicos no acostamento da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Ontem, nem isso.

Ambulâncias, bombeiros, policiais tinham de contar com a boa vontade de motoristas que fazem manobras complicadas para abrir passagem.

A tragédia é anunciada. Todo mundo sabe que vai acontecer. O atraso das obras de elevação da Imigrantes nos cruzamentos com o trânsito de São Vicente é só um fator a mais para a construção desse inferno.

O curioso é que não tem para quem reclamar. É como se fosse necessário ser assim.

Muita gente, pouca estrada…

Pode ser até que que não haja solução satisfatória, ideal.

Mas não tem nenhum sentido a omissão absoluta.

Prefeitos, deputados, governador, concessionárias com o cofre esturricado do dinheiro do pedágio não tomam nenhuma providência para amenizar esse circo de horrores.

Nem uma operação especial como é feita no sistema Anchieta-Imigrantes, nem um escalonamento de horários por placas… nada.

Um bando de pôncios pilatos lavando as mãos em gabinetes refrigerados por ar condicionado e regados com água mineral e cafezinho.

Aqueles motoristas pagam IPVA, pedágio, IPTU e são abandonados à voracidade dos arrasteiros e assaltantes…

Vergonha é muito pouco. Não tem uma palavra adequada para definir essa insanidade, esse descalabro, esse desumanidade que é feita com quem vem buscar um pouco de relaxamento, emoção e beleza no reveillón do litoral e com quem mora aqui e precisa dessas estradas para tocar a vida cotidiana.

Bili e Paulo Alexandre

Dois prefeitos da nova safra estão sendo observados com muita curiosidade pela comunidade da Baixada Santista a partir de hoje: Paulo Alexandre, de Santos, e Bili, de São Vicente.

Os dois desbancaram esquemas de poder que estavam encravados nas duas prefeituras há 16 anos.

E as semelhanças param por aí.

Paulo Alexandre recebe uma máquina de um lado irrigada fartamente por uma arrecadação bilionária e de outro um tanto enferrujada nos últimos anos por falta de uso por um prefeito blindado no gabinete e com apetite político zero.

O trânsito se degrada a cada dia e a CET é mais xingada que mãe de juiz de futebol. A entrada da cidade se transformou num calvário. E a qualidade de vida está ameaçada pela ganância de alguns empresários da construção. Esses são alguns dos nós em que ele vai ter de mostrar serviço rapidamente.

O prefeito de Santos deve ter vida tranquila na Câmara, pelo menos no início. Elegeu bancada majoritária e vai ter na presidência um vereador criterioso e em ascensão.

Além disso deve contar também com o auxílio luxuoso do governo estadual tucano que pela primeira vez tem um correligionário prefeitando em Santos.

Em São Vicente, o PP do prefeito Bili não elegeu nenhum vereador, as contas e os salários estão atrasados, a máquina está super-inchada, os problemas de infra-estrutra e serviços públicos têm nível dramático e a arrecadação fragilizada não sugere nenhum investimento capaz de apagar esses incêndios.

O prefeito vai enxugar a estrutura e um bom pontapé inicial político seria trazer o deputado estadual Luciano Batista, dissidente do PSB derrotado, para ajudar na viabilização a toque de caixa, com dinheiro estadual, dos viadutos do trecho urbano da Imigrantes na cidade.

A comunidade espera dos dois pelo menos um pouco de empenho nas questões metropolitanas que foram completamente abandonadas nos últimos anos.

2013

Você é pessimista ou otimista? A Poliana do livro de cabeceira das adolescentes do século passado ou o Hardy do desenho animado, aquele do “Ó Vida, Ó Azar”?

Se você olha tudo com lentes cinzentas, tem motivos para um olhar sombrio para o 2013 das cidades da Baixada Santista. Afinal, as lendas urbanas mais antigas continuaram no papel em 2012: aeroporto metropolitano, ligação seca Santos-Guarujá, Veículo Leve Sobre Trilhos, anel viário no entroncamento Anchieta / Cônego Domênico Rangoni em Cubatão. E algumas mais recentes também não decolaram: arena do Santos, Museu Pelé, viadutos no trecho em que a Imigrantes corta a área urbana de São Vicente…

Além disso, problemas crônicos caminharam para patamares de agudeza, principalmente a mobilidade urbana estrangulada nas divisas entre Santos e São Vicente, nas entradas de Santos e de Praia Grande, no trevo de Cubatão…

… e as torres de mais de 30 andares que começam a ameaçar a tradicional qualidade de vida da região. Algumas vão projetar a sombra sobre a praia…

O que saiu do papel e dá munição para os otimistas é a construção da sede da Petrobrás no Centro Velho de Santos e as obras da Embraport e da Brasil Terminais que ampliam a capacidade de movimentação de cargas do Porto de Santos. O Programa Onda Limpa, da Sabesp também evoluiu e abre perspectivas de praias mais próprias para o banho de mar no ano que vem e nos próximos.

Se você prefere as lentes cor-de-rosa, vai perceber que houve também evolução política. As eleições deste ano enxotaram do poder dois esquemas de 16 anos que tinham caído em marasmo absoluto em Santos e em São Vicente. Paulo Alexandre, em Santos, vem cheio de gás e articulação. Bili injeta sangue novo em São Vicente.

As administrações municipais de Guarujá e de Cubatão, com Maria Antonieta e Marcia Rosa enfrentaram problemas e desgastes. Mesmo assim, a população não caiu na tentação de voltar a um passado que não deixou nenhuma saudade.

Será que 2013 vai deixar no coração da gente, no futuro, essa saudade?

Uma linda história

Bonita demais. Duplamente emocionante. E com uma etapa – recente – muito feliz.

O jornalismo é a arte de contar histórias. Ou comentar. Mas as histórias carregam riquezas que o comentário não consegue alcançar.

Se o texto vai ou não conseguir transmitir a você a emoção desta, vai da competência de quem escreve. Ou, talvez, dos mentores que orientam o colunista.

A equipe do Centro Espírita Beneficente 30 de Julho, de Santos, está no centro dessa narrativa junto com os voluntários e os parceiros.

Esse pessoal cuida de 180 crianças e jovens com deficiência intelectual. Outros serviços atendem mais 260 crianças e jovens. Um dos programas, o “Ser Eficiente”, tem como foco integrar o jovem com deficiência intelectual no mercado de trabalho.

Neste ano, o programa concorreu ao Prêmio Fundo Itaú de Excelência Social. Outros mil projetos espalhados pelo país também concorriam. No final de novembro, a notícia boa: o CEB 30 de Julho está entre os 14 vencedores. Único paulista no grupo. Além da enorme honra do reconhecimento nacional, R$ 120 mil que vão ser muito bem utilizados para expandir e aprimorar o trabalho.

A história desse pessoal do 30 de Julho já é bonita demais. Gente solidária cuidando de gente que precisa muito dessa solidariedade. É difícil para um texto transmitir o valor dessa garra, desse desprendimento, desse suor e dessa capacidade de doação.

Mas não para por aí. Lembra do detalhe do “duplamente emocionante”?

Pois é. O presidente do Centro, o capitão desse time, Sérgio Furtado, a pessoa de quem vem a energia que mantém essa chama acesa diante das dificuldades e dos obstáculos… é portador de Parkinson.

E aí vai um pedido de desculpas antecipado. Porque nem o parco domínio de texto deste que escreve, nem a vastidão de recursos dos mentores espirituais que trabalham na orientação dele vão conseguir encontrar um fecho capaz de traduzir integralmente para você, leitora / leitor do DL, toda a beleza e toda a emoção que estão impregnadas nessa história.

As referências de Santos

Quem passava pela avenida Ana Costa, em Santos, neste domingo, lá pela uma da tarde, via uma cena bonita que sempre se repete em frente à Igreja Coração de Maria. Um casal de namorados se encaixava naquela escultura metálica vermelha de coração, no canteiro central, e uma amiga, da calçada, registrava tudo com uma câmera fotográfica.

Aquele coração é uma referência.

Lembrei de uma discussão que tinha presenciado na segunda-feira entre dois amigos. Um dizia que a escultura do peixe, na entrada da cidade, é muito feia. O outro tinha opinião totalmente contrária. O peixe, para ele, é uma referência maravilhosa. Concordo com o segundo. Gosto muito daquele peixe.

Fiquei tentando lembrar de outras referências marcantes desse tipo.

Tem a escultura vermelha da imigração japonesa, da artista plástica Tomie Othake no Emissário Submarino. Tem o “5” vermelho de concreto na frente do Roxy, indicando que ali é um cinema multiplex com cinco salas. Tinha um “a” também de concreto na frente da Faculdade de Arquitetura da Católica na Conselheiro Nébias. Homenagem criativa de um grupo de alunos. Se você lembra de outra, manda para mim pelo e-mail. Também de Praia Grande, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Bertioga, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe…

Referências desse tipo, marcantes, são importantes. São elas que caracterizam a cidade. É como o jeito de usar o cabelo, a camisa ou o tênis numa pessoa.

Todas essas referências de Santos você, leitora / leitor, conhece, não conhece? Todas chamam a atenção. ´Talvez pela cor, talvez pelo formato, talvez pelo arrojo… Quase sempre pela criatividade.

Os jovens sempre conseguem inovar no cabelo. Quem diria que aquele penacho do Neymar ia virar moda? As cuecas aparecendo por baixo das bermudas… O tênis com os cadarços desamarrados e agora sem cadarços…

As novas referências marcam a personalidade e sinalizam a vitalidade de cada geração. Com as cidades é exatamente igual.

Quizumba judicial-eleitoral

Para onde ?

Para onde ?

Só Deus sabe quem vai assumir a Prefeitura de Mongaguá em janeiro. O prefeito reeleito, Paulinho Wiazovski, está enrolado com a justiça eleitoral. Exatamente como aconteceu com o principal adversário dele nesta eleição, o ex-prefeito Artur Prócida.

O caso deles não representa exceção. Nem no Brasil, nem na região.

Em Bertioga, o ex-prefeito Lairton Goulart oscilou entre a inelegibilidade e a candidatura neste ano. Em Guarujá, aconteceu exatamente a mesma coisa com o ex-prefeito e candidato Farid Madi um pouco antes da campanha. Em Peruíbe, Gilson Bargieri, em 2008, teve a candidatura impugnada três dias antes da eleição. Em 2010 Beto Mansur e Luciano Batista fizeram a campanha de reeleição a deputado com a espada da Ficha Limpa no pescoço.

As questões judiciais tem influenciado decisivamente as disputas eleitorais.

Quando não decidem, atrapalham o julgamento do eleitor.

Em Santos, neste ano, a campanha de Paulo Alexandre Barbosa enfrentou boatos de impugnação o tempo todo. Em Cubatão, o mesmo tipo de arma foi utilizado pelos adversários da prefeita Marcia Rosa que disputava a reeleição.

De um lado, a culpa é dos próprios candidatos. Ou porque descumprem a legislação eleitoral ou porque fazem da disputa um vale-tudo e usam todo tipo de chicana jurídica para afastar os adversários da eleição ou pelo menos atrapalhar com boatos.

E de outro lado, a responsabilidade é das regras eleitorais. Se houvesse um limite de prazo antes da campanha para acusações e julgamentos, isso poderia ser evitado. Tipo aquele história antiga do casamento:

Se alguém tem alguma coisa contra, diga agora ou cale-se para sempre”.

Se não houver espaço para acusações e rádio peão depois do início da campanha, a vontade do eleitorado vai poder se expressar com mais clareza.

E a democracia vai agradecer.

Orquidário sem bicicletário

O Orquidário de Santos passou por uma longa e arrastada reforma. Agora está pronto. E algumas pessoas, com razão, reclamam da não-inclusão, no projeto, de um bicicletário.

Quem falhou? O responsável pelo projeto? O prefeito? O secretário de Obras? A secretária de Turismo?

Na verdade, a falha não é individual, personalizada. É estrutural.

A cidade e a região constroem ciclovias. Teoricamente trata-se de um incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte e lazer. Santos inaugurou agorinha mesmo um sistema de empréstimo de bicicletas. Então se produz uma falsa impressão de que as coisas caminham nessa direção. Por que falsa? Porque um equipamento municipal como o Orquidário não tem bicicletário. Porque shoppings não aceitam a entrada de bicicletas nos estacionamentos.

Na verdade, porque não existe uma política pública de incentivo à bicicleta.

Se houvesse, os shoppings teriam de destinar uma parte dos estacionamentos para bicicletas para obter a aprovação do projeto. Os prédios residenciais, também. A Polícia Militar pesquisaria instrumentos de proteção aos ciclistas contra os ladrões. No trânsito, a fiscalização da distância entre automóveis e ciclistas seria mais rigorosa. Empresas com certo número de funcionários teriam de ter vestiários para que eles pudessem tomar banho e trocar de roupa. Os pontos com maior freqüência de acidentes seriam mapeados, protegidos  e sinalizados… E na reforma do Orquidário, um bicicletário certamente teria sido incluído.

Como não existe uma política pública, ciclistas truculentos infernizam a vida da ciclovia e bicicletas motorizadas invadem esse espaço.

Como não existe essa política pública, a ciclovia vira uma coisa isolada, desvinculada.

Como não existe política pública, existe politicagem.

Metropolização-já

Os anos 80 marcaram as diretas-já. Os 90, registraram a institucionalização da Região Metropolitana da Baixada Santista. A paternidade é do ex-governador Mário Covas.

Mas, neste 2012, esse slogan do título soa completamente falido.

A integração metropolitana é um fracasso.

Ninguém aceita mais nem conversar sobre esse tema. Um diz que só o crime está metropolizado. Outro lembra da dengue metropolitana. Um terceiro recorda que a região já teve um carnaval metropolitano. Hoje, nem isso.

O formato Condesb-Agem parecia convincente. Mas não funcionou.

Nos capítulos iniciais era o ex-prefeito de Cubatão, Nei Serra, que reclamava porque o Hospital-Modelo recebia pacientes da Área Continental de São Vicente. No Não-Vale a Pena Ver de Novo, o atual prefeito de Santos em final de mandato, João Paulo Papa, repetia essa ladainha do atendimento de pacientes de outras cidades. Nos 15 anos de intervalo entre os dois reclamentos não foi equacionada uma fórmula para resolver a questão.

A vida do cidadão é metropolizada. Os problemas, também. Quem não conhece alguém que mora numa das cidades, trabalha em outra, estuda numa terceira e tem pais ou namorado(a) numa quarta?

Os prefeitos estão se lixando para o que não acontece dentro das divisas de suas cidades. Desistiram. Desanimaram.

Na divisa Santos-São Vicente, na praia, o emblema desse descaso: a motovia vicentina acaba abruptamente e as vans do transporte coletivo não podem passar de uma cidade para a outra.     

Os novos prefeitos e as prefeitas reeleitas devem se debruçar primeiro sobre a otimização imediata do sistema viário e rodoviário para redução de danos no trânsito metropolitano, à beira do caos. E a segunda tarefa conjunta que se apresenta é a integração metropolitana. Aqui não é questão de otimizar ou reformular. Tem de começar tudo de novo. 

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