Blog do Paulo Schiff

Ideias e Opiniões sobre o cotidiano.

Arquivo para a categoria “Cultura”

Malandragens e coincidências

Ronaldinho Gaúcho disse que foi por acaso. Mas a releitura das imagens imediatamente anteriores ao primeiro gol do Atlético contra o São Paulo, na quarta -feira à noite, indica que foi malandragem. E malandragem planejada. Ele deu um “migué”, ficou tomando água com o goleiro Rogério Ceni enquanto a bola estava parada e, despercebido, recebeu livre, dentro da área sãopaulina, na reposição. E sem impedimento, que não existe na cobrança de lateral. Nota dez para a malandragem, que recupera um encanto que anda rarefeito no futebol atual.

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E por falar em malandragem, o ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, misturou no mesmo caldeirão a renúncia do papa, a bomba atômica coreana e a profecia do fim do mundo maia. O resultado foi uma revisita às profecias de São Malaquias, no século 12. Malaquias é visto pelos esotéricos como um iniciado que, por malandragem, viveu entre os padres e frades como se fosse um deles para evitar as duras perseguições religiosas aos magos e feiticeiros no século 12.

A profecia mais impressionante dele é a da sequência dos 115 papas até a “desolação total da Igreja”. O sucessor de Bento 16 seria esse último papa. E as coincidências entre os 15 últimos papas e as profecias fazem valer a pena uma olhadinha na internet.

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Por falar em coincidência, tem torcedor do Santos, encafifado com o namoro do Neymar com a atriz de novelas Bruna Marquezini.

Os cismados mais antigos lembram do namoro entre Garrincha e a cantora Elza Soares, que coincide com o sumiço das habilidades do botafoguense em campo.

E os mais recentes lembram do eclipse da carreira no Santos e na seleção do meia Elano, que coincidiu com o caso turbulento que ele manteve com a atriz de novelas Nívea Stelman.,

É bom lembrar aos mais preocupados que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Garrincha e Elano saíram de maneira tumultuada de casamentos para esses relacionamentos. Neymar, mesmo já sendo papai, é solteiro.

Amor romântico: possível ou não?

Crônicas de amor...

Crônicas de amor…

Ferreira Gullar, poeta do primeiro time, também brilha como cronista. Sobre o Amor está selecionada na coletânea As Cem Melhores Crônicas Brasileiras. Com justiça. Se você digitar o autor e o título num programa de busca na internet vai ter acesso a um texto leve e envolvente e com uma reflexão límpida e poderosa.

Ele atribui a uma amiga a definição de que a máquina de lavar, o espanador de pó e o bife com fritas acabam com qualquer paixão. Esse seria o estigmado casamento, “que é o amor institucionalizado, disciplinado, integrado na sociedade”. Um anti-amor, na verdade já que na origem, o amor é constituído de liberação e aventura.

Gullar defende que só a precariedade garante ao amor atingir a ignição máxima. Ou seja, tem necessariamente de acabar bruscamente como começou.

O texto envolve, conduz. E entristece.

Será então impossível uma vivência prolongada de uma paixão incandescente?

A transição de paixão para amor tem mesmo contornos complicados. Quantos apaixonados que você conheceu permanecem assim depois de algumas semanas, meses ou anos de relação?

Mas certamente você conhece pelo menos uma exceção. Qual será o segredo desse casal?

No livro A Arte de Amar, o autor Erich Fromm se debruça sobre essa questão. A partir da constatação de que nenhum outro empreendimento humano fracassa tantas vezes e tantas vezes é retomado como o projeto de viver uma paixão, Fromm examina o ser amoroso e a o amor em si.

O livro é denso e não cabe num texto dessa dimensão.

Mas é importante dizer que Fromm aponta a dificuldade mas também as possibilidades da manutenção do amor-paixão. De maneira bem resumida, o pensador considera fundamentais na relação o cuidado, o respeito, a responsabilidade e o conhecimento recíprocos. E em cada um dos apaixonados, como requisitos para a capacidade de amar, a humildade, a coragem, a fé e a disciplina.

Amar de verdade, para Erich Fromm, é muito, muito difícil. Coisa para gente muito evoluída. Mas possível. Viabilidade da qual a crônica de Ferreira Gullar leva o leitor a duvidar.

Carnaval desmetropolizado

Chegou o Carnaval. Santos tem desfile de escolas de samba. São Vicente, não. Cubatão, também não.

O curioso é que o sambódromo de Santos fica quase na divisa com São Vicente. E com acesso de boa qualidade para as cubatenses.

Guarujá tem ligação mais complicada com Santos. Mas isso nunca impediu a participação da escola de samba Amazonense.

Por que não, então, um carnaval metropolitano?

Para as escolas de Cubatão e São Vicente, 2013 vai ser um ano nefasto. Um ano de interrupção de desfile significa um prejuízo terrível. Não é só o desânimo dos integrantes. É a falta de confiança que vai contaminar os próximos anos:

“Vai ter Carnaval? Será que não vai rolar de novo?”.

Você pode pensar que não houve tempo para organizar. Afinal os prefeitos assumiram no início do ano, a menos de 2 meses da festa. Mas eles se elegeram no início de outubro. Paulo Alexandre em Santos, venceu no primeiro turno. Bili, em São Vicente, também. E em Cubatão, nem tem segundo turno.

Um pouquinho de boa vontade, outro de conversa e a coisa poderia ter ficado esquematizada mesmo antes da posse.

O mais curioso é que o carnaval já foi metropolitano. E isso, na década de 80, portanto antes da institucionalização da região metropolitana. Houve, portanto, um retrocesso.

Um campeonato metropolitano de escolas de samba fica mais barato para cada prefeitura. Pode atrair verbas estaduais. E tem potencial para se transformar numa atração turística.

O carnaval santista das escolas de samba desmente sozinho toda essa lenga-lenga de integração metropolitana que a gente escuta dos políticos da região faz tanto tempo.

Pés pós-modernos

As ruas estão mais coloridas. As cores fluorescentes, de repente, não mais que de repente, dominaram os tênis. Não tem como não perceber: verde limão, abóbora, rosa pink, azul turquesa, amarelo ovo… Os cadarços acompanharam.

Moderno ou pós-moderno? A aura é de coisa atualíssima.

Faz pouquíssimo tempo, quando a Nike lançou as chuteiras pink, o craque Robinho disse que não usaria: “Sou negão e jogador do Santos” disse esquecendo que usa a camila do Milan.

Mesmo assim esse tom se juntou nos gramados aos outros fluorescentes. Os negões também se renderam à sedução do pink.

Nas ruas, o modelo que todo adolescente quer é um que mistura esses tons todos de uma maneira surpreendentemente harmonizada.

A novidade não traduz só os avanços quase inacreditáveis do design, da tecnologia e do consumo. Que passam despercebidos, apesar de fantásticos, porque são muito familiares e contínuos e porque fazem parte do cotidiano. Mas se você comparar os modelos atuais com aqueles que se limitavam ao branco e ao azul-marinho com sola de borracha, da década de 60… Um abismo.

Os tênis coloridos mostram também o poder da inovação e da criatividade. Tinha gente que jurava que as possibilidades de inovar nos tênis estavam esgotadas.

Essa invasão colorida desvela ainda, no campo do comportamento, o poder de derrubada de preconceitos da liberdade de informação.

Nessa galeria, essa coleção de pés pós-modernos figura ao lado de outras conquistas inimagináveis há 50 anos como a parada do orgulho gay, uma mulher presidente do Brasil, um negro presidente dos Estados Unidos…

É… o mundo mudou muito. E para muito melhor.

O macho, o andrógino e os 60

Hugo Chávez e David Bowie. Um não tem nada a ver com o outro. Em alguns pontos, chegam a ser opostos.

O venezuelano está chegando aos 60 anos. O inglês já passou dessa marca. Um tem a morte especulada. Outro teve a morte cantada por um grupo de rock. O Flaming Lips gravou Is David Bowie Dying? (David Bowie está morrendo?).

Hugo Chávez tem a imagem do machão latino-americano. Baseia nessa imagem de virilidade a força político / eleitoral. Forte o suficiente para enfrentar e vencer as elites políticas que ocuparam o poder antes dele. E que nunca deram espaço para a população mais pobre.

David Bowie, ao contrário, alcançou o estrelato com uma imagem andrógina. Ambiguidade sexual. Tornou-se uma referência para os roqueiros que vieram depois dele na maquiagem exagerada, por exemplo. Tem muita gente que jura que ele foi flagrado num envolvimento sexual com o rolling stone Mick Jagger

O câncer pélvico apanhou Chávez no contrapé. Na região genital, símbolo da masculinidade. Daí a enorme dificuldade dele para lidar com a doença.

David Bowie também teve dificuldades para lidar com um problema cardíaco sério que enfrentou em 2004. Sumiu de cena.

Neste início de ano o roqueiro inglês surpreendeu o mundo da música. Depois de dez anos vai lançar um álbum novo. Em março sai a primeira música.

Hugo Chávez também surpreendeu o mundo da política ao tomar posse para mais um mandato presidencial de corpo ausente. E sumido.

O único denominador comum entre o astro do rock e o caudilho político é que a conotação sexual da imagem, tanto a da macheza extremada quanto a da androginia não resistem à passagem do tempo. E em especial à marca dos 60.

A crônica no século 21

Machado de Assis, num texto bem-humorado, lança uma tese sobre o nascimento do gênero literário crônica.

Ele imagina que a primeira crônica tenha começado de uma conversa entre duas vizinhas sobre o calor. Daí o assunto teria passado a ser o pomar e a horta de outro morador daquela rua. Na sequência entra em pauta a vida amorosa desse outro vizinho e desse encadeamento flexível e descompromissado de assuntos nasce a crônica.

Neste início de século 21, e em especial neste mês de janeiro, o calor, as chuvaradas e o trânsito também têm potencial croniquesco.

Mas têm a concorrência desleal das fofocas sobre celebridades. Nacionais e locais.

Nesta semana, a crônica certamente teria nascido numa roda de mulheres em cabeleireiro, ou de marmanjos em boteco, sobre a nomeação / exoneração do maridão da prefeita Antonieta, de Guarujá, para o cargo de ouvidor municipal.

Alguém comentaria que no lugar de ouvir queixas de moradores ele vai é escutar zoação dos amigos pelo recorde de curta duração na função. Nem entrou e já saiu. Foi sem nunca ter sido, como a Viúva Porcina da novela antiga.

Outro relataria casos de autoridades que assinam pilhas de papéis sem olhar direito, justificativa da prefeita para a tal nomeação errada. Para isso é requisito confiança absoluta no funcionário que coloca o processo na frente do assinador (ou assinadora, como neste caso) e mostra o local onde a assinatura deve ser colocada.

Alguém na roda já vai lembrar do caso de um juiz de São Vicente que assinou nesse método, a determinação de colocação de uma escada rolante num fórum térreo. E de outro que assinou um pedido de exoneração dele mesmo dois dias antes da aposentadoria. Brincadeiras de funcionários, os tais documentos ficaram expostos no quadro do fórum…

Daí, alguém mais romântico vai dizer que quem está apaixonado percebe o nome da pessoa amada num documento assim que bate o olho nele. Como se estivesse destacado com marcador de texto verde-limão…

E com essa especulação abstrata, mas incômoda, está pronta a crõnica. Pelo menos essa de hoje…

Os problemas de cada um

Na China, o bicho está pegando por causa da poluição. O país deu um salto de desenvolvimento atropelando o ambiente e ignorando os direitos dos trabalhadores.

Agora começa a pagar o preço desse crescimento não-sustentável.

No sábado, a poluição do ar atingiu níveis insuportáveis. A medição oficial – super-chapa branca e duvidosa – registrou 400 microgramas por metro cúbico de ar. Acima de 100, pela organização Mundial de Saúde, representa risco para a saúde. Acima de 300, idosos e crianças não devem sair de casa. O caos. Funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Pequim mediram 800… E agora?

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Nos Estados Unidos a coisa está pegando por causa da liberdade para a compra de armas. A cada tragédia orquestrada por atiradores paranóicos, esse debate estéril volta a mobilizar o país. Depois da tragédia da escola de Newtown, onde um desses malucos matou 20 crianças e 6 adultos, a preocupação também chegou a níveis insuportáveis. O presidente Barack Obama está disposto a bancar o desgaste de limitar a venda de armas por decreto presidencial.

E no Brasil? Dá para adivinhar o que está pegando?

CORRUPÇÃO.

O deputado Renan Filho (PMDB-AL), cria do notório Renan Calheiros, senador pelo mesmo partido e pelo mesmo estado, segue os passos do pai. Este tinha a pensão de um filho dele com uma jornalista paga por uma empreiteira, lembra? O filho está investigado em um inquérito da Polícia Federal por desvio de verbas da merenda escolar na cidade em que foi prefeito de 2005 a 2010, Murici. A investigação encontrou indícios de crimes de Renan Filho: irregularidades na licitação que escolheu a empresa e valores de notas fiscais muito acima dos registrados pela Secretaria da Fazenda.

Renan pai vai ser de novo presidente do Senado.

E o Renanzinho é filho de peixe….

Um futuro de bissexualidade?

José de Abreu afirma que no futuro todas as pessoas serão bissexuais

José de Abreu afirma que no futuro todas as pessoas serão bissexuais

No futuro todas as pessoas vão ser bissexuais”. A frase foi dita pelo ator de novelas José de Abreu, numa das entrevistas que choveram depois do sucesso do personagem que ele desempenhou na novela Avenida Brasil.

A fala de Abreu é uma espécie de reação à polêmica provocada pela saída dele mesmo do armário (pelo menos publicamente) ao declarar a própria bissexualidade.

É difícil saber se a profecia do ator vai se tornar realidade ou não. Pessoalmente, não acredito. Porque ao mesmo tempo em que a liberação aumenta e muita gente assume a homossexualidade, também aumenta a intensidade da homofobia nos rincões em que ela ainda sobrevive.

Nessa questão, uma explicação filosófica e outra bem-humorada ficaram marcadas no meu pensamento nos últimos anos.

A filosófica é do professor universitário Ricardo Galvaneze. Ouvi numa entrevista dele à Rádio Jovem Pan. Ele explicou que a reprodução está dissociada do sexo pela fertilização in vitro, inseminação artificial, barriga de aluguel e outras técnicas. E que o sexo também está dissociado da reprodução. 99,99% das relações sexuais evitam de alguma maneira a reprodução. Nesse cenário, explica o professor, o sexo deixa de ser uma atividade natural e passa a ser cultural. Daí, vale tudo: homem com homem e mulher com mulher, também.

A explicação bem-humorada dessa tendência veio na academia, pelo professor de Educação Física, Rodrigo (melhor omitir o sobrenome para que ele não seja acusado de homofobia).

Diz ele que no Brasil, o homossexualismo era proibido no passado. Depois passou a ser só reprimido. Daí a tolerado. E agora, incentivado. Ele termina dizendo que pretende ir embora do país antes que seja obrigatório.

O poder do humor

'O humor liquida a questão'

‘O humor liquida a questão’

Certas situações difíceis de abordar por argumentos são explicadas com perfeição pelo humor.

A da Venezuela, por exemplo. A decisão de dar posse a um Hugo Chávez ausente, em recuperação em Cuba da enésima cirurgia contra um câncer pélvico, sem aparições públicas há mais de duas semanas e sobre quem há rumores de estar morto, dividiu o país.

Houve pela Suprema Corte uma interpretação favorável ao chavismo. Por ela, o vice-presidente que não é eleito e sim indicado pelo presidente, pôde tomar posse para mais um mandato, mas com poderes limitados. A oposição não concorda. Queria a posse do presidente da Assembléia, que teria de convocar novas eleições em um mês.

A discussão não acaba nunca. Interminável. Nessa bola dividida, entra o humor e liquida a questão. O colunista José Simão escreve que daqui a trinta anos uma das manchetes vai ser assim:

“Morto há 17 anos, Hugo Chávez é reeleito para mais um mandato na Venezuela.”

Outra situação difícil de explicar com argumentos é a do grão-tucano José Serra. Derrotado na eleição presidencial de 2010 por Dilma e perdedor novamente em 2012 na disputa pela Prefeitura de São Paulo para Fernando Haddad, qual o futuro político do ex-ministro, ex-deputado, ex-senador, ex-prefeito e ex-governador?

Alguns serristas sobreviventes dessas campanhas vão dizer que se trata de um quadro importante do partido. Que ele tem um ótimo “recall” (lembrança forte do eleitor) e outras baboseiras desse tipo.

Os anti-serristas vão dizer que a hora dele já passou, que a fila andou e que agora Alckmin e Aécio Neves é que são bolas da vez.

A discussão também se estende ao infinito. Aí entra o humor e também liquida a questão. Uma charge coloca alinhados um datilógrafo, um leiteiro, um disco de vinil e uma carta escrita, daquelas antigas, coisas que não existem mais, ou que até existem mas não têm mais utilidade. Na sequência desses desenhos, sentadinho no chão de paletó e gravata e encostado na parede, com o leiteiro e o datilógrafo quem está?

José Serra !!!

Mãe posando só de calcinha

Você lembra bem da época em que tinha 9, 10 anos? Na escola, se você já entrou faz tempo na fase dos “enta”, era o primário. Que depois passou a se chamar Primeiro Grau e agora está na primeira metade do Ensino Fundamental. Lembra do medo da zoação dos outros, que hoje chamam de bullying?

Tente imaginar a reação que você teria naquela época se a sua mãe posasse semi-pelada, só de calcinha, para um calendário. Vivemos atualmente num período muito mais permissivo. Ainda assim, é pesada a experiência que os alunos de uma escola pública da super-européia e super-civilizada Espanha estão vivendo.

Em crise econômica aguda, o governo suspendeu o transporte público gratuito para os alunos que moram a distâncias menores que 3 quilômetros da escola. E o jeito que as mães acharam para arrecadar dinheiro para bancar o serviço foi vender um calendário em que elas mesmas posam em fotos sensuais.

Antes de apelar para o calendário erótico, as mães e pais promoveram protestos e panelaços. Como não adiantou nada…

A educação pública espanhola é citada como referência de qualidade no mundo todo. Um pacto celebrado entre todos os partidos políticos na década de 70 promoveu essa reforma e permitiu o salto de desenvolvimento que o país deu de lá para cá. A coisa foi séria. Trabalhadores abriram mão de reajustes salariais para que o dinheiro da educação engordasse. Professores passaram a ter dedicação exclusiva, mas com com jornadas semanais de 25 horas no Ensino Fundamental e de 20 no Ensino Médio.

Os espanhóis passaram a levar a sério essa coisa.

Bem diferente da nossa situação, em que a educação é prioridade em 100% dos discursos dos candidatos e esquecida a partir do primeiro dia de mandato por pelo menos 80% dos eleitos.

Na Espanha, a mobilização e a consciência da comunidade estão acesas. Uma das mães do calendário define bem o que quase todos pensam, lá como aqui, com exceção dos que ocupam cargos públicos:

“Se não há dinheiro para a educação, não deveria haver para nada”.

Como se dizia no século passado: “Falou e disse”. “Esgotou a questão”.

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