Carnaval desmetropolizado
Chegou o Carnaval. Santos tem desfile de escolas de samba. São Vicente, não. Cubatão, também não.
O curioso é que o sambódromo de Santos fica quase na divisa com São Vicente. E com acesso de boa qualidade para as cubatenses.
Guarujá tem ligação mais complicada com Santos. Mas isso nunca impediu a participação da escola de samba Amazonense.
Por que não, então, um carnaval metropolitano?
Para as escolas de Cubatão e São Vicente, 2013 vai ser um ano nefasto. Um ano de interrupção de desfile significa um prejuízo terrível. Não é só o desânimo dos integrantes. É a falta de confiança que vai contaminar os próximos anos:
“Vai ter Carnaval? Será que não vai rolar de novo?”.
Você pode pensar que não houve tempo para organizar. Afinal os prefeitos assumiram no início do ano, a menos de 2 meses da festa. Mas eles se elegeram no início de outubro. Paulo Alexandre em Santos, venceu no primeiro turno. Bili, em São Vicente, também. E em Cubatão, nem tem segundo turno.
Um pouquinho de boa vontade, outro de conversa e a coisa poderia ter ficado esquematizada mesmo antes da posse.
O mais curioso é que o carnaval já foi metropolitano. E isso, na década de 80, portanto antes da institucionalização da região metropolitana. Houve, portanto, um retrocesso.
Um campeonato metropolitano de escolas de samba fica mais barato para cada prefeitura. Pode atrair verbas estaduais. E tem potencial para se transformar numa atração turística.
O carnaval santista das escolas de samba desmente sozinho toda essa lenga-lenga de integração metropolitana que a gente escuta dos políticos da região faz tanto tempo.