Blog do Paulo Schiff

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Como o estrangeiro vê o Brasil

Li nesta semana um artigo e uma reportagem sobre características brasileiras, olhadas por estrangeiros dos Estados Unidos.

Uma delas é ser “O Brasil, de longe, o país do mundo onde as pessoas mais se beijam em público”. Estrangeiros têm dificuldade para entender e se adaptar, escreve no artigo o jornalista dos EUA, Seth Kugel, de 42 anos, radicado em São Paulo.

Pelos padrões dos Estados Unidos, ele compara espantado, “conversa, pega o telefone, liga, sai para jantar e depois vai beijar ou não”. O padrão brasileiro é bem outro: “gostou, beijou”.

A outra característica é a desvalorização do trabalho doméstico que conserva ranço do escravagismo adotado até 1888 no país. O mercado imobiliário de Miami, pela reportagem, inovou nos imóveis de alto luxo, para se adaptar aos consumidores brasileiros: colocou o quarto de empregada, “aposento inusitado nos Estados Unidos”.

Tramita no Congresso uma emenda para incluir nos benefícios dos empregados domésticos horas-extras, jornada máxima de 44 horas semanais, FGTS, auxílio-creche, e adicional por trabalho noturno, item que explica o tal “quarto de empregada”.

Lembrei do cientista político Aloísio Azevedo, que chama a atenção para a diferença entre a integração racial brasileira e a segregação dos Estados Unidos: pan-humanismo que integra e mistura contra multiculturalismo que separa para conviver.

Diferenças culturais…

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